O ser humano tem a necessidade de se expressar, de demonstrar suas emoções e ideologias e isso, nitidamente, é feito através do modo de vestir e da arquitetura, dentre outras formas. No entanto, embora tenham a mesma finalidade, essas maneiras têm grandes diferenças entre si. A roupa é muito mais simples de ser produzida, mais acessível e mais efêmera, uma vez que pode ser trocada facilmente de acordo com o humor da pessoa, com a ocasião, com a idade, com o clima ou com o grupo no qual aquela pessoa está inserida. Assim, a roupa diz mais sobre o próprio indivíduo em sua volatilidade de ideias e sensações, não afetando necessariamente, aqueles que estão à sua volta. Já a arquitetura, além de se tratar de um processo mais longo de produção, ser mais cara e durar mais tempo, ela carrega muito mais a concepção de conforto, segurança ou imponência que uma peça de roupa e afeta diretamente as pessoas que estão à sua volta, seja apenas esteticamente ou gerando movimento nas ruas etc. Dentro das quatro paredes de nossa casa, por exemplo, nos sentimos protegidos dos olhares críticos da sociedade e, por isso, somos confortáveis para sermos nós mesmos, sem nenhuma preocupação externa. Além disso, uma casa reflete muito mais a essência de cada morador por se tratar de algo que é, geralmente, planejado por um longo tempo, ou seja, passou por várias mudanças efêmeras do indivíduo e o que prevaleceu foi quem ele realmente é (pelo menos por alguns anos). Por outro lado, um prédio que abriga um órgão governamental é grandioso e imponente para passar a ideia de autoridade e seriedade. Dessa forma, é possível perceber que mesmo expressando quem o indivíduo é e como ele se porta perante a sociedade, roupa e arquitetura são formas bastante distintas entre si.
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